sexta-feira, 12 de outubro de 2007

A criação de nomes próprios no português brasileiro : aspectos mórficos da neologia antroponímica

Priscila Maria Possidônio de Oliveira


Ao analisarmos o estudo da Onomástica nas últimas décadas, sobretudo, no que diz respeito à antroponímia, percebemos uma carência de pesquisas sistemáticas acerca dos nomes próprios de pessoas no Brasil. Muito pouco, ou quase nada, se tem dito sobre a neologia antroponímica, tão característica do português brasileiro. Com esse enfoque, pretendemos, inicialmente, desenvolver uma tentativa de análise etimológica e mórfica dos neologismos antroponímicos levantados no corpus constituído pela lista de aprovados no vestibular da UFBA 2005 - dados da primeira fase do projeto Todos os Nomes. Para a seleção dos prenomes considerados neológicos, levamos em consideração o critério de não estarem dicionarizados no Tomo II do Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de Antenor Nascente e não estarem atestados na Bíblia. Desta forma, de um total de 471 (quatrocentos e setenta e um) nomes iniciados pela letra A, 40 (quarenta) não foram encontrados registrados em nenhum dos dois documentos utilizados como referência, conquistando assim o status de suposto neológico. Os dados coletados foram segmentados para análise, considerando-se o método da comutação e a recorrência dos elementos formativos dos antropônimos que foram analisados a partir dos principais processos de formação de palavras: derivação (prefixação e sufixação) e composição.

Um comentário:

LUCIO MÁXIMO disse...

Muito imortante este estudo, já que o desrespeito pelo nome próprio inicia-se no registro civil, com oficiais de cartório completamente sem critérios, muitas vezes impondo nomes e grafias, e continua no momento de se retirar uma carteira de identidade (não há sinais diacríticos no computador do IPM-BA). Sou professor de Português e trabalho em registro civil há vinte anos. Gostaria de desenvolver um estudo nesta área.