Atualmente, a produção cultural de países africanos de língua portuguesa problematiza, de forma recorrente, questões relacionadas à idéia de nação, demandas identitárias nacionais e noções de pertencimento nacional. Tópicos dessa natureza têm merecido destaque em obras literárias de escritores africanos, a exemplo do moçambicano Mia Couto. Como parte do projeto de dissertação de mestrado “Ambigüidades e controvérsias do lugar da nação no discurso cultural moçambicano: o caso Mia Couto”, ligado ao PPGLL/UFBa, sob orientação da Profa Dra Maria de Fátima Ribeiro, a presente comunicação, a partir do exame dos romances Terra Sonâmbula, O último vôo do flamingo e Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, avalia de que forma o confronto entre a permanência de valores tradicionais e as exigências da modernidade, muitas vezes representado pelo surgimento de um embate entre oralidade/letramento, transtorna a formação do discurso sobre a nação na cultura moçambicana, sugerindo, ou não, possibilidades de articulação de dicotomias, em que essas sejam, de certa forma, superadas.
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Um comentário:
Por que nao:)
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