sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Recursos fonoestéticos na construção de dois poemas de Arthur de Salles

Laurete Lima de Guimarães

Poeta baiano nas estéticas parnasiana, simbolista e pré-modernista, Arthur de Salles, escreveu em prosa e poesia. Possuía grande habilidade no manejo da língua como expressão do jogo rítmico das palavras. Buscava de maneira elaborada representar a variedade de sons e ritmos identificados nos mais diversos ambientes pelos quais transitava pelo Recôncavo Baiano. A procura pela palavra cuja acentuação métrica fosse adequada, pelo número de sílabas tônicas e átonas que causassem o efeito desejado, pela presença de vogais abertas ou fechadas, bem como de consoantes que produzissem o ruído esperado. Esse recurso lingüístico e poético, concomitantemente, não foi de maneira aleatória utilizada por Salles. Nosso objetivo foi identificar através do manejo apurado e harmonioso empregado pelo autor ao combinar as sílabas tônicas e átonas, vogais abertas e fechadas, rimas, aliterações, proceder à identificação dos recursos fonoestéticos aplicados para a realização da cadência rítmica presente em Sub Umbra e O Sino da Casa da Câmara. A metodologia aplicada foi, inicialmente, o estudo comparativo entre os dois poemas nitidamente simbolistas, seguido da realização de levantamento e cotejamento dos recursos lingüísticos utilizados. Como resultado, identificamos os recursos fonoestilisticos manipulados pelo autor na construção de seu discurso poético.

2 comentários:

Daniel disse...

O Sino da Casa da Câmara (Arthur de Salles) Música: Daniel Nascimento dos Santos & Eduardo Cardoso Socorro.
https://www.youtube.com/watch?v=su9tZVy1cL4

O Sino da Casa da Câmara disse...

O sino da casa da câmara
https://www.youtube.com/watch?v=su9tZVy1cL4