sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Formas verbais como recursos sinalizadores de indeterminação do agente em textos escritos dos séculos XIX e XX.

Maria da Conceição Hélio Silva

O estudo de sintaxe que nos propomos realizar, a partir do século XIX até o XX, à luz das teorias sócio-funcionalistas, respalda-se em textos escritos, cartas e atas, desses séculos, e considera o que diz Tarallo (1996) que mudanças importantes ocorreram no português brasileiro no final do século XIX, estabelecendo uma nova gramática distinta da de Portugal. Pretendemos, portanto, investigar nos nossos corpora as formas verbais como recursos sinalizadores de indeterminação do agente, por compreendermos que essas formas não são suficientemente consideradas pelas gramáticas tradicionais (GTs), nem pelos trabalhos sobre indeterminação. Seria o tratamento dado a essa questão pelas GTs resultado do equívoco entre as funções de sujeito e agente? Que outras formas verbais se estabeleceram no português brasileiro entre os séculos XIX e XX? As formas verbais para sinalizar a indeterminação do agente empregadas no século XX são as mesmas empregadas no século XIX? E no português europeu? Como essas formas verbais se manifestam nos gêneros textuais analisados? Haveria indícios de gramaticalização? Essas e outras questões nos despertaram o interesse em verificar como ocorreu esse fato nos dois séculos e que fatores lingüísticos e não lingüísticos contribuíram para o uso dessas formas verbais como recursos sinalizadores de indeterminação do agente.

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